Docentes reclamam que diretorias formam ‘panelas’ e não seguem classificação; estudo indica redução de 35,1% na carga horária de ciências humanas
Docentes reclamam que diretorias formam ‘panelas’ e não seguem classificação; estudo indica redução de 35,1% na carga horária de ciências humanasA gestão Tarcísio na educação de SP gera perplexidade ao professores, com falta de aulas e mudanças nas atribuições. A carga horária de ciências humanas diminuiu drasticamente, levando docentes a buscar emprego fora do estado.
A professora Maria Prado, de Sorocaba, foi aprovada em concurso público em julho do ano passado e estava dando aulas de inglês em uma escola da rede estadual. Ela conta que tentou ser atribuída para aulas de período integral neste ano, mas foi informada de que já não havia vagas. O professor de educação física Lucas Barrozo, de Valinhos, está na rede estadual há quatro anos, e diz que a alteração impactou a disponibilidade de aulas para sua disciplina. Ele cogita começar a trabalhar como personal trainer caso não seja aberto um novo processo para atribuição — ainda assim, lamenta que sobrará “o resto do resto” para aqueles que não conseguiram turmas até agora.
De acordo com uma nota técnica elaborada pela Rede Escola Pública e Universidade , a carga horária destinada a história, geografia, sociologia e filosofia diminuiu em 35,1% no ensino médio paulista entre 2020 e 2025, passando de 720 horas anuais para 466,7. Foi a área de conhecimento que mais perdeu espaço no currículo da rede pública. Para as disciplinas de sociologia e filosofia, a redução foi ainda mais drástica, de 62,9%.
Com menos aulas disponíveis, os professores formados nessas áreas de ensino muitas vezes lecionam outras disciplinas para completar a carga horária obrigatória semanal, ou precisam rodar por várias escolas. Muitos nem isso conseguem, mesmo sendo concursados, e acabam obrigados a cumprir funções administrativas na escola, ou atuando como substitutos em caso de faltas.
A Repu afirma que o governo paulista “pode estar descumprindo” a nova reforma do ensino médio, aprovada no ano passado, que reverteu uma das mudanças da reforma anterior. Pela nova lei que já está em vigor, as disciplinas que compõem a Formação Geral Básica devem ter um mínimo de 2.400 horas, e não mais um teto de 1.800 horas anuais.
Governador Do Estado De São Paulo E Ex-Ministro D São Paulo Sudeste
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