Segundo o órgão, o gesto ocorreu após o locutor do evento pedirem aos manifestantes que estendessem a mão para 'emanar energias positivas'
Uma apuração preliminar do Ministério Público de Santa Catarina sobre o gesto de estender as mãos à frente do corpo feito por manifestantes bolsonaristas identificou que, aparentemente, não houve a intenção de promover apologia ao, o que é considerado crime. A cena foi registrada na quarta-feira 2, em frente ao 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado, base do Exército em São Miguel do Oeste.
Após identificar manifestantes, analisar imagens e conversar com testemunhas dos atos, o Grupo Regional São Miguel do Oeste destacou que, embora não haja evidências de crime, a atitude é “absolutamente incompatível com o respeito exigido durante a execução do hino nacional e poder gerar alguma responsabilidade”.
O órgão ainda informou que, de acordo com a apuração, o gesto ocorreu após manifestantes serem conclamados pelo locutor do evento, um empresário local, a estenderem a mão sobre o ombro da pessoa à frente ou esticarem o braço a fim de “emanar energias positivas”. O relato foi confirmado por um policial e por repórteres que estavam no evento. O Gaeco ainda descartou a presença de bandeira neonazista na manifestação.
O órgão, uma força-tarefa composta, entre outros, por Ministério Público e polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Penal, também afirmou que o relatório produzido será encaminhado à 40ª Promotoria de Justiça da Capital para eventual aprofundamento das investigações.
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