Programa deve estimular a produção de veículos híbridos flex para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
O programa Mover , que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 11 de junho, foi sancionado nesta quinta-feira pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e passa a ser o mais novo marco regulatório de emissão de carbono no país.
Para além dos R$ 19 bilhões previstos pelo programa, a tendência é que o investimento feito pelas próprias montadoras seja ainda maior. De acordo com a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores , a quantia será de aproximadamente R$ 60 bilhões em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos.
O Mover ainda deve impor índices de reciclagem na fabricação de veículos e cobrar menos impostos das fabricantes e carros que poluírem menos, o chamado “IPI Verde” . "A nova regulação possibilita não só a atualização em relação a novas tecnologias de eletrificação já observadas em outros mercados — o que permitiu a chegada de no mínimo duas fábricas chinesas —, quanto permite ao Brasil o desenvolvimento de novas tecnologias, adequadas a nossa matriz energética, capazes de direcionar o Brasil à liderança da mobilidade em novas soluções”, acrescenta o consultor...
“O Inovar Auto evoluiu alguns parâmetros de eficiência e de segurança dos veículos, mas deixou algumas arestas”, afirma Kalume Neto. "O Mover sucede e amplia os programas anteriores", explica o executivo. De 2025 até 2027, o programa vai modificar essa metodologia e considerar todo o carbono que é produzido do “poço à roda”, o que significa que a medição será realizada desde a extração do combustível até a utilização dele no propulsor do automóvel.
"Desta forma, a utilização do etanol no veículo acaba sendo ecologicamente inteligente, sobretudo porque o ciclo completo do etanol está muito próximo da emissão zero de carbono”, acrescenta Kalume Neto. Esse passo será dado a partir de agora, com a sanção presidencial, que faz com o que o Mover ganhe força de lei. Contudo, segundo o consultor, podemos esperar mais estímulos para o uso do etanol neste primeiro momento do marco regulatório.
O veículo movido a hidrogênio deve ser o último passo nessa escala, pois o transporte e armazenamento desse elemento precisa de uma infraestrutura que suporte altíssima pressão e que ainda não é facilmente encontrada nos postos de combustíveis tradicionais. Para Kalume Neto, no entanto, ainda é necessário definir qual é a categoria correta para os híbridos leves , evitando uma eventual manipulação dos resultados do Mover nos próximos balanços. Isso porque a propulsão dos híbridos leves precisa de ajuda extra de um motor convencional.
O mercado automotivo sabe que a infraestrutura de carregadores elétricos ainda não é alta o suficiente para aumentar as vendas desse tipo de automóvel repentinamente.
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