Com curadoria de Paulo Venâncio Filho, panorâmica mescla trabalhos dos anos 1970 até as últimas obras, de 2021, sem ressaltar caráter póstumo: 'Quis fazer uma exposição como se ele estivesse vivo'
Parte desta trajetória é contada na exposição curada por Paulo Venâncio Filho, a primeira dedicada ao artista após sua morte, aos 68 anos, em outubro passado, em decorrência dos efeitos da Esclerose Lateral Amiotrófica , doença degenerativa com a qual foi diagnosticado em 2019.
A mostra havia sido pensada antes de sua partida, em conversas com Venâncio e Lauro Cavalcanti, diretor da Casa Roberto Marinho, dois amigos seus de longa data. Por conta disso, a ocupação dos 1.200m² de área expositiva da instituição foi pensada como uma celebração ao escultor, sem o peso de uma retrospectiva póstuma.
— Quis fazer uma exposição como se ele estivesse vivo, sem nenhum tipo de nostalgia, nem qualquer característica póstuma. Por isso, não estabelecemos uma cronologia, nem um percurso que fosse dos primeiros aos últimos trabalhos. Em todos os ambientes, são obras de diferentes fases e épocas conversando entre si, e os visitantes podem fazer suas próprias conexões — explica Venâncio.
Angelo Venosa na exposição 'Penumbra', no Museu Vale, em Vitória , em 2018 — Foto: Felipe Amarelo/Claraboia Imagem/DivulgaçãoNeste diálogo entre trabalhos de diferentes períodos, as esculturas negras, dos anos 1980, ou as obras feitas a partir de elementos como cera de abelha e dentes de boi, dos anos 1990, dividem harmonicamente os espaços com estruturas criadas a partir de impressão em 3D, técnica investigada por Venosa na década...
— Essa disposição das obras também destaca a variedade da obra dele, que vemos na escala dos trabalhos, na escolha dos materiais e nessa pesquisa constante, por várias técnicas diferentes. E há essa poética que permanece íntegra, ao longo da sua trajetória, o que faz com que o público possa reconhecer as suas características em obras de épocas distintas — destaca Venâncio.
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