A ação civil pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi ajuizada nesta quarta-feira (04/12). O órgão cobra da montadora uma indenização no
A Volkswagen do Brasil está sendo acusada perante a Justiça de ter explorado mão de obra em condições análogas à escravidão e se beneficiado de um esquema de tráfico de pessoas em uma fazenda no município de Santana do Araguaia, no Pará, entre os anos de 1974 e 1986.
A denúncia do MPT se baseia em relatos de “jornadas exaustivas, condições degradantes de trabalho e servidão por dívida” na Fazenda Vale do Rio Cristalino. As denúncias chegaram ao órgão em 2019 pelas mãos do padre Ricardo Rezende Figueira, que, à época, era coordenador da Comissão Pastoral da Terra para a região do Araguaia e Tocantins da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil .
O MPT afirma ainda que na época em que os fatos denunciados teriam ocorrido, a Volkswagen do Brasil “contou com recursos públicos e benefícios fiscais que ajudaram a alavancar seu negócio de criação de gado fazendo com que se tornasse um dos maiores polos do setor”. À Agência Brasil, Rezende disse ter sido posteriormente convidado pela Volkswagen para uma visita à fazenda. “Quando nós, dentro da fazenda, constatamos diversos problemas e tínhamos então mais elementos, porque comprovava os crimes cometidos pela Vale do Rio Cristalino, o senhor Brügger gritou comigo e me desafiou ‘me dê o nome de uma fazenda que faça diferente'”, relatou.
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