Ato de 8 de Janeiro para marcar dois anos dos ataques aos prédios dos Três Poderes causa controvérsia entre militares e governo.
Participantes do ato que marca os dois anos do 8 de janeiro , nesta quinta-feira, tentam transmitir a mensagem de que não concordam com os ataques e defendem a democracia. No entanto, por trás dos bastidores, militares em atividade e da reserva já vislumbram um novo ponto de crise relacionado ao próprio evento. O elemento que tem gerado críticas no quartel-general é o momento final do evento, onde Lula desce a rampa do Palácio do Planalto para uma recepção com flores.
No local estarão representantes do MST, CUT e outros movimentos sociais que fazem parte da base do PT, entre os organizadores do ato. Para os militares, o gesto pode transmitir a impressão de que o aspecto ideológico predomina no evento. Existe também a preocupação de que alguns discursos possam inflamar ânimos nas Forças Armadas. O clima entre o governo e os militares se deteriorou nos últimos meses, com a mudança do regime de aposentadoria dos militares proposta pelo Ministério da Fazenda no pacote fiscal. Outro fator foi a prisão e indiciamento de oficiais das Forças, inclusive de alto posto, no inquérito do golpe de 2016. Um grupo de militares defende que o ato deveria ser mais protocolar e, possivelmente, reduzido a manifestações públicas do presidente Lula e de autoridades que representam os Três Poderes. Para esse grupo, colocar o 8 de janeiro como uma bandeira do governo contribui para acirrar a divisão da sociedade. A maioria dos membros do governo Lula, porém, defende que é necessário transformar essa data num marco, especialmente diante da violência dos ataques contra os prédios dos Três Poderes e do risco do retorno da extrema direita ao poder, como ocorreu nos Estados Unidos com Donald Trump
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