A Meta, empresa dona dos serviços Facebook, Instagram e WhatsApp, admitiu ter baixado ilegalmente livros para treinar sua inteligência artificial. Documentos apresentados em um processo judicial nos Estados Unidos revelaram emails entre funcionários da empresa que confirmam a acusação.
A Meta , empresa proprietária de serviços como Facebook, Instagram e WhatsApp, baixou uma grande quantidade de livros ilegalmente e utilizou estas obras para treinar a inteligência artificial (IA) da empresa. Documentos apresentados em um processo judicial movido contra a empresa nos Estados Unidos, incluindo emails trocados pela equipe, confirmam a acusação. O caso foi revelado durante uma ação judicial movida pela Meta por vários artistas e escritores.
Eles alegam que a marca fez o download de cópias de obras de fontes ilegais e, também sem qualquer compensação, alimentou o modelo de linguagem da empresa — que pode gerar conteúdos e responder perguntas de usuários utilizando esse conteúdo. Existe um segundo processo similar também em andamento nos Estados Unidos.A Meta já havia admitido que baixou bases de dados inteiras de fontes piratas, como o LibGen. Contudo, as novas mensagens publicadas fornecem mais detalhes sobre o ocorrido: além dos 80,6 TB provenientes dessa primeira fonte, a empresa fez o download de mais 35,7 TB de livros de outra plataforma em uma tentativa posterior e, pelo menos, 81,7 TB de dados do Anna's Archive, outro serviço que disponibiliza obras sem direitos autorais. A Meta AI possivelmente se beneficiou de livros baixados ilegalmente.A situação da Meta pode se agravar devido ao método utilizado: a obtenção via torrent significa que a empresa ajudou a alimentar o download pirata de livros por outros usuários, já que ela serviu como fornecedora de seeds para a comunidade. Até o momento, a empresa não forneceu os detalhes solicitados pela acusação sobre os downloads realizados. Mensagens trocadas pela equipe da Meta confirmam que todos estavam cientes de que o download via torrent de livros de bases de dados como a do LibGen era uma atividade ilegal, que poderia comprometer contratos comerciais ou complicar a empresa no futuro. 'Baixar torrent de um laptop corporativo não parece certo', disse um dos pesquisadores da Meta, Nikolay Bashlykov, em uma das mensagens — com o texto acompanhado de um emoji de risada. Em outro recado, um funcionário sugere que 'o modelo da OpenAI é provavelmente treinado' em bases parecidas, enquanto outro diz que usar uma VPN para mascarar a conexão durante o download seria uma alternativa viável. Esse debate indica que a companhia tentou ao máximo esconder as atividades, utilizando servidores de fora da empresa para evitar que os dados fossem ligados à dona do Facebook. Ela teria até modificado as configurações do cliente de torrent para enviar o mínimo possível de seeds para outros usuários. O nome do CEO e cofundador Mark Zuckerberg também é citado. Em uma mensagem, um colaborador informa que a 'decisão de usar' o LibGen como fonte aconteceu 'após a situação escalar para o MZ', indicando que ele aprovou ou ao menos foi informado do processo — contrariando depoimentos anteriores que negavam o envolvimento do executivo
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