Diretor de Política Monetária, mais cotado para cargo de presidente, tem assumido falas sobre juros
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo em protesto de servidores do BC — Foto: Cristiano Mariz/Agência O GloboEm meio à incerteza da sucessão no Banco Central, Gabriel Galípolo assume protagonismo, indicando possíveis medidas na política monetária. A transição informal entre ele e Campos Neto é bem recebida pelo mercado financeiro.
Ontem, em audiência na Câmara dos Deputados, no único momento em que Campos Neto falou sobre o futuro dos juros, fez menção às falas do diretor de Política Monetária.
O mandato de Campos Neto termina em 31 de dezembro deste ano. O sucessor terá de ser indicado pelo presidente da República e aprovado pelo Senado. Ainda quenão tenha batido o martelo sobre o escolhido, o nome de Galípolo é dado como certo seja em Brasília ou na Faria Lima.
Nos bastidores, a Fazenda ainda vem defendendo que as críticas de Lula a Campos Neto não significam que o governo não defende a autonomia do BC. O argumento é de que a cisma do petista com o atual presidente da autarquia está relacionada à sua proximidade com o bolsonarismo, mas os aliados de Haddad reconhecem que os assuntos se misturam nas declarações de Lula e que é preciso melhorar a comunicação do governo.
Para Galípolo, é uma oportunidade de resgatar sua credibilidade junto ao mercado financeiro após o episódio do racha no Copom de maio. Com Galípolo puxando a fila entre os diretores do BC no tom duro contra a inflação, o resultado tem sido positivo sobre os preços dos ativos brasileiros, como o câmbio.
Banco Central Do Brasil Bacen Roberto Campos Neto Lula Presidente Do Brasil Lula Está Em Seu Terceiro Mandato. Político Filia Foi Presidente Em Dois Mandatos (De 2003 A 2010). Fernando Haddad Ministro Da Fazenda Do Governo Lula Ex-Ministro Da Educação E Ex-Prefeito De São Paul Rodrigo Pacheco Senador
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