Marília Arraes causa ruído na aliança PT-PSB ao se apresentar como candidata de Lula ao governo de PE
PROVOCADORA - Marília, com Paulinho: no Solidariedade, mas fazendo o “L” de Lula - Genival Paparazzi/Onzex Press e Imagens/Agência O GloboEm Pernambuco, o sobrenome Arraes funciona como um passaporte para a vida pública. Desde que Miguel, o “Véio Arraia”, se elegeu para o governo do estado, em 1986, a família domina a cena política local, unida em torno do PSB.
Apesar das diferenças regionais, a deputada tinha conseguido construir boas pontes com a direção nacional do PT. Isso começou a mudar quando ela atropelou João Daniel, candidato dos petistas, e obteve a segunda secretaria da Câmara com o apoio de deputados ligados ao bloco que elegeu Arthur Lira à presidência da casa.
As chances de Marília se eleger governadora são incertas, mas ela larga muito bem. Em pesquisa divulgada na quinta-feira 31, a primeira com seu nome, aparece na dianteira com 28% das intenções de voto. “A imagem dela ainda é muito atrelada ao Lula e ao PT. Não se sabe se terá a mesma força sem esses apoios”, diz Adriano Oliveira, professor de ciências políticas da UFPE.