A onda de violência já deixou 15 mortos
Confrontos entre manifestantes e polícia de choque em Santiago - AFPO presidente do Chile, Sebastián Piñera, começou nesta terça-feira a jogar a carta política para tentar silenciar os maciços protestos civis com um acordo social, mas os principais partidos de oposição lhe deram as costas, enquanto as revoltas, que já deixaram 15 mortos, mantinham sua intensidade.
Por outro lado, a opositora Democracia Cristã e o Partido pela Democracia compareceram à reunião. No final, seus respectivos líderes afirmaram que sugeriram a Piñera a retirada do Congresso de uma reforma tributária e outra da previdência, “insuficientes” para responder às demandas sociais. Também pediram a suspensão do estado de emergência e do toque de recolher.
Com gritos de “Oh, oh, oh, o Chile acordou, o Chile acordou” e ao ritmo de panelaços, os jovens passavam em frente ao palácio de La Moneda, enquanto Piñera se reunia com os líderes políticos. A Central Única de Trabalhadores , o sindicato mais poderoso do Chile, e outras 18 organizações sociais convocaram greves e mobilizações para quarta e quinta-feira.
As aulas escolares permaneciam suspensas em cerca de 50 comunas da capital chilena, enquanto uma dezena de universidades não abriram. Hospitais e policlínicas funcionam normalmente. Em um percurso realizado pela AFP pôde-se observar Santiago deserta, com veículos militares patrulhando as avenidas e o trânsito de comboios de carabineros .
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