Quase 20 anos após massacre, as Mães de Maio querem uma lei contra a violência policial
. O acompanhamento deve começar na delegacia do bairro onde aconteceu o crime, porque nesse momento a coleta de provas é fundamental para o andamento da investigação. Além do empenho policial, o PL visa garantir atendimento psicológico especializado não só às mães, mas também a parentes diretos, como filhos, esposas, companheiros e irmãos.
Sobre esse ponto, aliás, as Mães de Maio são objeto de um estudo da Universidade Federal de São Paulo, em parceria com a Universidade Harvard, a ser publicado em agosto. “Na pesquisa, descobrimos que o mais comum é as mães caírem em depressão e, sem nenhum acolhimento psicológico, acabam desenvolvendo outras doenças.
Fernandes encaixa-se nesse quadro. A militante enfrenta atualmente um câncer em estágio avançado. Não é a única na família: o pai também enfrenta a doença. “Tivéssemos um acolhimento na sequência, não estaríamos hoje com câncer. É uma dor silenciosa”, acredita a assistente social.
O projeto de lei foi elaborado com apoio da ONG Conectas Direitos Humanos e, segundo Gabriel Sampaio, advogado e diretor de litigância e incidência da organização, o protagonismo das Mães de Maio para tornar o Estado menos letal contra a população pobre, negra e periférica precisa ser reconhecido. “De forma muito insistente, e sem nenhum apoio, essas mulheres têm levado essa agenda adiante.
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