O presidente Lula retorna ao trabalho após sangramento intracraniano, em momento de instabilidade econômica e impasse político sobre as emendas parlamentares.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, retorna ao Palácio do Planalto na segunda-feira (6), após semanas de afastamento devido a um sangramento intracraniano. O retorno coincide com um período de instabilidade no mercado financeiro. O mundo político aguarda novas diretrizes do presidente sobre a reforma ministerial prevista para o primeiro semestre de 2025 e uma solução para o impasse sobre as emendas parlamentares .
Lula adoeceu, foi internado em Brasília e transferido para São Paulo na noite de 9 a 10 de dezembro. Em São Paulo, passou por cirurgia para tratar o sangramento intracraniano, seguida por outro procedimento no mesmo local. O chefe do governo teve alta hospitalar em 15 de dezembro, mas permaneceu se recuperando em casa em São Paulo até o dia 19. Desde então, tem se dividido entre o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto, onde tem realizado reuniões de trabalho. O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso não chegaram a um acordo sobre as regras para aplicação das emendas parlamentares. No final de 2024, o ministro Flávio Dino, do STF, decidiu não liberar o pagamento de todas as emendas, contrariando o desejo do Legislativo. A pedido do governo federal, Dino aceitou liberar apenas o valor necessário para o Poder Executivo cumprir o piso de gastos com saúde (R$ 370 milhões). A maior parte, porém, permanece bloqueada porque, segundo o ministro do STF, o Congresso não cumpriu as regras de transparência. A longa negociação entre os Três Poderes causa desgaste político. O Congresso culpa o governo por não ter o apoiado politicamente no debate com o STF
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