Usando uma brecha na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre emendas de relator no final de 2022, o governo Lula continuou fazendo uso político dessas verbas, conhecidas como orçamento secreto. No ano passado, foram R$ 5,4 bilhões pagos.
O relator da reforma tributária, Eduardo Braga, e o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, campeões no orçamento secreto
O governo Lula foi além do que já havia sido indicado, porém, e alguns pagamentos foram para atender novos pedidos. O pagamento do que foi empenhado a pedido de um padrinho virou um atendimento para outra pessoa, o que é chamado de"reapadrinhamento". O deputado Domingos Neto , relator do Orçamento de 2020, teve R$ 103 milhões pagos; Márcio Bittar , relator do ano seguinte, R$ 68,7 milhões. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre foi privilegiado com R$ 76,3 milhões pagos.que, durante os anos do governo Jair Bolsonaro, esses parlamentares direcionaram para suas bases eleitorais. Márcio Bittar, por exemplo informou ao STF que indicou R$ 467 milhões, quase meio bilhão, de 2020 a 2022.
A prática de"reapadrinhamento" deve continuar em 2024, já que o governo ainda não gastou todos os restos do orçamento secreto de Bolsonaro. Há cerca de R$ 8,8 bilhões disponíveis no orçamento, que podem ser pagos neste ano ou, em alguns casos, ficar para depois.Procurada pelo UOL, a Secretaria de Relações Institucionais diz seguir a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.
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