Em declaração conjunta divulgada neste sábado, presidentes do Brasil e da Colômbia afirmam que 'permanecem convencidos' de que credibilidade da eleição depende de transparência
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e presidente Lula, em cúpula de países da América do Sul — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Ontem, os Estados Unidos, a União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA , rejeitaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de respaldar a vitória de Maduro. O Brasil ainda não havia se posicionado depois da decisão da Corte máxima venezuelana. "Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão", afirma o comunicado de Lula e Petro. Os presidentes brasileiro e colombiano conversaram duas vezes antes de divulgar o comunicado, por meio de telefonemas nesta sexta e neste sábado. Após os contatos, Lula e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acertaram o texto.
Os dois países também declararam ser contra a "continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão" à Venezuela. "Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validade da declaração do CNE, logo depois de que o acesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas e da recusa posterior de que se fizesse uma auditoria imparcial e independente", informou o comunicado.
"É preciso provar esse resultado eleitoral. Até agora não vimos nenhuma prova e, enquanto não virmos um resultado que seja verificável, não vamos reconhecer ", disse Borrell.
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