O presidente Lula busca uma relação pragmática com os Estados Unidos, mesmo diante das diferenças ideológicas com o novo governo de Donald Trump. O chanceler brasileiro relembra a positiva relação de Lula com George W. Bush durante os anos 2000, mas o cenário político atual é diferente. O governo brasileiro espera manter um diálogo cordial com os EUA, devido aos laços históricos entre os dois países e à importância econômica da relação. As diferenças ideológicas, o discurso isolacionista de Trump, e a proximidade de Bolsonaro com o novo governo americano, são alguns dos desafios que Lula enfrenta nesse novo cenário político.
O chanceler brasileiro relembrou a positiva relação entre Lula e George W. Bush durante os anos 2000, mas o presidente Lula enfrenta um cenário político diferente com a ascensão de Donald Trump . Apesar de a proximidade ideológica entre o presidente brasileiro e o novo governo americano ser bem mais à direita do que de seus antecessores republicanos, o governo brasileiro pretende manter uma relação pragmática com os Estados Unidos.
Auxiliares de Lula acreditam que os dois países manterão um diálogo cordial, devido aos laços históricos entre eles. Os EUA são o segundo maior importador de produtos brasileiros e ambos os países mantem um histórico de alianças em temas estratégicos. O chanceler afirmou que as relações Brasil-EUA sempre serão ótimas, como sempre foram, considerando que são relações de Estado. Lula, que já teve as melhores relações possíveis com Bush, segundo ele, destaca que os interesses dos Estados sempre prevalecerão. O chanceler ressalta que o Brasil cobra muito dos EUA, e espera que eles também o façam. O governo Lula busca um relacionamento pragmático com os EUA, similar ao que ocorreu durante o governo de Bush, apesar das diferenças ideológicas. Bush visitou o Brasil em duas ocasiões durante seu mandato e, assim como seu pai, George H. Bush, são superados apenas por Franklin Roosevelt, que esteve no país três vezes. O último presidente americano a visitar o Brasil foi Joe Biden, em novembro passado, para participar da cúpula do G20, que será presidida pelo Brasil em 2024. No entanto, o cenário político atual é diferente do de 2009. O Partido Republicano de Trump divergiu bastante do partido de Bush, e Trump não contou com o apoio de Bush nas três eleições que disputou. Donald Trump, após sua vitória em 2016, aproximou-se de Bolsonaro, conhecido nos EUA como o “Trump tropical”, e designou o Brasil como um aliado extra-OTAN. Essa mudança política se reflete também nas relações com a América Latina, onde Trump adotou uma postura isolacionista e criticou o bloco BRICS. Bolsonaro foi o último líder estrangeiro democrático a reconhecer a vitória de Biden, após as acusações infundadas de fraude eleitoral por parte de Trump. Durante a eleição presidencial de 2022, o ex-presidente dos EUA gravou um vídeo pedindo voto pela reeleição de Bolsonaro. A participação de parlamentares bolsonaristas na posse de Trump em Washington e em eventos relacionados demonstra a proximidade entre os dois governos. Lula, por outro lado, não foi convidado para a cerimônia. A regulação de redes sociais e o enquadramento das big techs podem ser um dos principais pontos de atrito entre Brasília e a Casa Branca. Após as eleições nos EUA, Lula parabenizou Trump, desejando-lhe sorte e sucesso, e enfatizando a importância do diálogo e do trabalho conjunto para a paz, desenvolvimento e prosperidade
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