Após quatro anos no comando da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco preparam suas estratégias para 2026, com ambições que incluem ministérios, Senado e até mesmo o governo de Minas Gerais. A transição de poder exige sabedoria política e negociações estratégicas, já que a influência de Lira pode diminuir e a rivalidade com a família Calheiros em Alagoas precisa ser gerenciada.
Deixar a cadeira da presidência da Câmara e do Senado , depois de quatro anos com o poder de tocar a pauta legislativa, não é uma mudança simples.
Se essa hipótese for concretizada, dizem aliados do governo, Lira terá que assumir o compromisso de estar do lado de Lula nas eleições de 2026. A rivalidade local, entretanto, pode ter que ser suspensa caso Lira assuma um lugar na Esplanada de Lula, que já conta com o ministro Renan Filho . Lira ainda terá que melhorar a relação com Alexandre Padilha, que pode deixar o comando da Secretaria das Relações Institucionais, mas deve continuar com alguma vaga na Esplanada. A Saúde é a aposta que mais circula em Brasília.
Há quem ressalte que Lira ainda tentará usar a sua influência ao reforçar que ajudou a construir o consenso em torno de Hugo Motta. Mas o próprio Lira sabe que, ao chegar à cadeira que ele ocupou - com gosto - nos últimos quatro anos, todo político quer escrever o seu capítulo na história.A máxima da política é que todo senador foi ou quer ser governador.
Mas a eleição em Minas contra um adversário bolsonarista promete ser difícil. O nome mais cotado é o histriônico senador Cleitinho sendo apoiado pelo deputado Nikolas Ferreira .
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