O tenente-coronel Mauro Cid se provou homem de múltiplas habilidades. Para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, era seu caixa eletrônico. Para militares, o serviço de atendimento a oficiais golpistas. Para o Ministério da Saúde, um hacker de cartões
"Quanto você espera receber por ele? O mercado de Rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto", afirmou a interlocutora. Ele disse a ela que não tinha o certificado do relógio porque ele"foi um presente recebido durante uma viagem oficial".
Taí uma disciplina para o Exército colocar no currículo ao lado de estratégias de guerra e atuação em forças de paz:"Técnicas de Mercado Livre e OLX". Como ele foi orientado por superiores que poderia depor fardado na CPMI, no dia 11 de julho, Cid poderia dar o curso também vestido de verde-oliva. Se for expulso da corporação ao sair da cadeia, Mauro Cid pode colocar uma de suas habilidades no job description:"Faço depósito, não faço transferência bancária, não", como ele mesmo alertou.
Cid é peça central para desvendar várias maracutaias envolvendo os Bolsonaro. Além do registro falso de vacina, que permitiu ao ex-presidente permanecer tranquilo nos Estados Unidos, há a tentativa de surrupiar joias dadas ao país pela Arábia Saudita e, agora, tentou vender outras que já haviam entrado no país, as lives realizadas por Jair atacando a democracia o sistema de votação e a mutreta envolvendo os gastos de Michelle.
Mauro Cid pode ficar em silêncio durante toda a CPMI, como fez em depoimento da PF, apesar de ser investigado em um rosário de inquéritos. Mas seu celular continuará gritando por ele, acusando o ex-presidente da República, sua família e aliados. O rolo do Rolex é apenas mais um capítulo dessa delação involuntária.Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
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