Coluna da Dora Kramer: O caminho da oposição para 2022 passa pela conquista de isentos e arrependidos.
Urna eletrônica Fábio Rodrigues Pozzebom/VEJACompletamos neste ano duas décadas de governos populistas desde a recuperação do direito ao voto para presidente. O cotejo de perdas e ganhos entre esses vinte anos e os oito de mandato de Fernando Henrique Cardoso poderia medir a vantagem de o Brasil retomar o ponto tido como fora da curva. Não tratemos de partidos, mas de desempenho.
Ninguém dava nada pela eleição de FH. Intelectual de maneiras brandas, fugia ao estilo do político tradicional e justamente pela falta de traquejo nas lides do popularesco a candidatura foi recebida com descrença, mesmo sendo ele o artífice do Plano Real, iniciado em fevereiro do ano eleitoral de 1994. Menos de oito meses depois seria eleito em primeiro turno.
Já é tempo de o Brasil perceber também que não é refém de tipos como Jair Bolsonaro para se defender da ameaça da volta do PT. Os malefícios produzidos por um e por outro foram suficientes para que as forças políticas busquem maneiras mais razoáveis de atrair o eleitorado. A denúncia é importante, mas sozinha não funciona para fins de conquista. Fala-se muito hoje em empatia, mas não se veem os opositores de Jair Bolsonaro praticando o que pregam. No lugar de atrair, afastam os que votaram no presidente, mas não o fariam de novo, afugentam os que ainda pensam no caso e aqueles que não se animaram a ir às urnas ou optaram por anular ou deixar o voto em branco.
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