O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, além de ter sido acompanhado também por recordes de calor oceânico, aumento do nível do mar, perda de gelo marinho na Antártica e recuo das geleiras, confirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM)...
São Paulo, 18O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, além de ter sido acompanhado também por recordes de calor oceânico, aumento do nível do mar, perda de gelo marinho na Antártica e recuo das geleiras, confirmou a Organização Meteorológica Mundial em relatório divulgado, nesta terça-feira, 19.
O documento servirá como referência para reunião ministerial sobre o clima de Copenhague, que será realizada de 21 a 22 de março, e que contará com a presença de líderes focados em assuntos climáticos e ministros de todo o mundo.
O relatório da OMM confirmou que a temperatura média global próxima da superfície foi de 1,45 grau Celsius acima da referência básica do período pré-industrial. O Acordo de Paris tem como objetivo principal não permitir que o planeta se aqueça além de 1,5ºC até o final do século 21. "Nunca estivemos tão perto - embora de forma temporária neste momento - do limite inferior de 1,5ºC do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo."A comunidade da OMM está acionando o alerta vermelho para o mundo."
Os extremos meteorológicos e climáticos podem não ser a causa principal, mas são fatores agravantes da insegurança alimentar, de acordo com o relatório. Citando dados da Programa Alimentar Mundial, o documento destacou que o número de pessoas que sofrem de insegurança alimentar aguda em todo o mundo mais do que duplicou, passando de 149 milhões antes da pandemia de covid-19 para 333 milhões de pessoas em 2023.