Na audiência de custódia, a juíza Rachel Assad da Cunha negou os pedidos da defesa do PM para que ele obtivesse a liberdade provisória.
Na audiência de custódia, a juíza Rachel Assad da Cunha negou os pedidos da defesa do PM para que ele obtivesse a liberdade provisória. Na decisão, a magistrada destacou a violência do crime: "A gravidade da conduta é muito acentuada. A crueldade da ação indica a mais absoluta inadequação do custodiado ao convívio social, já que matou a própria companheira, na frente dos filhos dela, menores de idade".
— Foi uma cena horrível e lamentável. Ela estava em cima dos filhos tentando protegê-los. Ellen tinha tanto medo dele que, mesmo fazendo um boletim de ocorrência nas outras vezes, ela foi lá e retirou a queixa, ele se ajoelhava e pedia perdão chorando. Ele chorava até Ellen ficar comovida, ele dizia que iria manchar a carreira militar dele — relembra Solange Ramos, tia que ajudou a criar Ellen.
Thiago, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, já era conhecido por sua agressividade. Segundo a PM, Almeida — que estava na corporação há cerca de seis meses — tinha anotações criminais por violência doméstica e havia sido reprovado no processo seletivo da corporação, mas ganhou na Justiça o direito de fazer o curso de formação e ser incorporado nas fileiras da instituição.