Dupla foi considerada culpada pelos crimes de extorsão mediante sequestro e homicídio
A condenação aconteceu no dia 24 deste mês. Ao analisar o caso, a juíza salientou que os depoimentos colhidos na instrução, por meio de carta rogatória, e os prestados à polícia japonesa comprovam que os brasileiros foram aliciados a participar do crime pela máfia, com a promessa de recompensa financeira, e com o pleno conhecimento de que iriam participar de uma ação contra um empresário.
Eles usaram roupas e equipamentos de trabalhadores da construção civil na participação do crime. A denúncia foi apresentada pelo MPF em 2017, atendendo a um pedido de cooperação internacional feito pelo Japão, porque os dois envolvidos fugiram para o Brasil. Nesse mesmo ano, o caso chegou à 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que logo pediu a prisão preventiva da dupla.
Em setembro de 2001, os brasileiros e mais sete pessoas sequestraram um empresário no Japão e, posteriormente, o assassinaram a tiros. Eles também provocaram graves lesões na companheira do empresário, utilizando uma arma de fogo. As investigações feitas pela polícia local indicam que o empresário tinha alguma atividade com a máfia e que teria se desentendido com um mafioso, que lhe devia milhões de ienes, o dinheiro japonês.
A investigação aponta que o grupo obteve da vítima cerca de 1,6 milhão de ienes, aproximadamente R$ 47 mil, e sete objetos de valor, como colar e relógio. Eles ainda exigiram da companheira do empresário 50 milhões de ienes, cerca de R$ 1,5 milhão, como condição liberdade do homem, sem que ela soubesse que o empresário já estava morto. A dupla de brasileiros receberia 50 mil e 100 mil ienes.
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