A Justiça do Trabalho decidiu que a demissão por justa causa da enfermeira acusada de expor a atriz Klara Castanho foi ilegal. O juiz afirmou que não há provas de que a enfermeira vazou as informações para a imprensa.
A Justiça do Trabalho determinou que a Rede D'Or São Luiz não possuía motivos para despedir por justa causa a enfermeira acusada de expor a atriz Klara Castanho . Em 2022, a atriz foi alvo de uma publicação que afirmava que ela havia tido um filho e colocado o bebê para adoção. Atacada nas redes sociais, a atriz revelou por meio de uma carta aberta que havia sido vítima de um estupro. Klara processou o hospital, acusando-o pelo vazamento dos dados.
A Rede D'Or, que foi condenada a indenizar a atriz, demitiu a enfermeira por justa causa após uma investigação policial concluir que ela havia fotografado o prontuário médico e o enviado ao marido. \Inconformada com a demissão, a enfermeira acionou a Rede D'Or afirmando que a justa causa fora ilegal, pois não era responsável pelo vazamento da informação para a imprensa. Ela declarou que muitas pessoas no hospital participaram do procedimento e que jamais admitiria qualquer vazamento. Disse ainda que sequer tinha conhecimento de que a paciente era uma atriz famosa. \Em sua sentença, o juiz afirmou que não existem provas de que a enfermeira (ou o seu marido) tenha encaminhado o prontuário para a imprensa. Disse que a mensagem encontrada em seu celular, por meio da qual encaminhou o prontuário da atriz para o marido, é posterior à divulgação do caso na mídia. 'Apesar de alguns indícios indiretos, resta certo de que nenhuma prova foi produzida no procedimento criminal que demonstre a efetiva divulgação do procedimento envolvendo a paciente, e mais remotamente, qualquer elemento que comprove que disso resultou a divulgação em portais de notícias', afirmou o juiz na decisão. O magistrado citou ainda na sentença que, por falta de provas, o Ministério Público arquivou o inquérito sem denunciar a enfermeira. Ressaltou ainda que uma outra profissional do hospital (uma técnica em enfermagem) também havia compartilhado informações com o namorado no dia dos fatos. A Rede D'Or, que ainda pode recorrer da decisão, afirmou à Justiça que a 'investigação policial constatou de forma categórica a quebra do sigilo profissional e infração ética cometida' pela enfermeira. Disse que, após perícias realizadas nos celulares dela e do marido, 'foi possível observar a foto do prontuário da paciente encontrada na galeria do dispositivo, além de uma conversa entre ela e seu companheiro sobre o objeto da investigação'. O relatório policial, citado no processo, apontou que o marido da enfermeira demonstrou interesse em vender as informações para jornalistas. O documento afirma que as ações das profissionais do hospital citadas na investigação foram 'cruéis e desumanas' e que elas violaram a confiança da paciente e do hospital
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