Jovem tinha 18 anos quando foi espancada em São Paulo. Réus receberiam pena de um ano, mas punição foi considerada prescrita por sair mais de 4 anos depois do crime acontecer g1
Fotos mostram Laura Vermont antes da agressão, o momento que ela é agredida por cinco rapazes e como seu rosto ficou após apanhar; travesti morreu por causa de traumatismo craniano — Foto: Fotomontagem/Reprodução/Divulgação/Arquivo Pessoal/Facebook/WhatsApp
A sentença foi lida pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri. Os réus receberiam pena de um ano, mas a punição foi considerada prescrita por sair mais de 4 anos depois do crime. Em alguns momentos ao longo do júri houve falas transfóbicas, como tratar Laura pelo nome de batismo ou o uso do pronome "ele" ao se referir à jovem morta.
"Isso aqui não é um crime comum, é um crime de raiva, um crime de ódio", disse o promotor Calsavara. "Vai sobrar para a PM", completou, em outro momento. Apesar de os agentes da Polícia Militar não terem sido acusados de participar diretamente do assassinato da travesti, eles foram considerados irresponsáveis por não a proteger. Os PMs se distraíram e permitiram, por exemplo, que Laura entrasse na viatura policial, dirigindo o veículo até batê-lo num muro.
Em maio do ano passado, o mesmo magistrado havia determinado que o governo pagasse R$ 25 mil a Zilda Laurentino e mais R$ 25 mil a Jackson de Araújo, os pais de Laura. Mas ele reconsiderou o pedido e dobrou esse valor, determinando que cada um deles receba R$ 50 mil. "Crimes como esse infelizmente continuam ocorrendo. Pessoas, membros, LGBTs, homossexuais, no caso dessa jovem, ela, por ser trans, foi totalmente espancada. Isso tem que acabar no Brasil. Isso é um crime de ódio", disse José Beraldo, advogado que representa os interesses da família de Laura no processo criminal.
A travesti Laura Vermont postou esta última foto no Facebook em 2015 — Foto: Reprodução/Facebook/Laura VermontPor meio de nota, anteriormente, a Polícia Militar informou que os policiais que atenderam a ocorrência foram exonerados em 2016 em razão das falhas que cometeram no caso de Laura. O soldado Diego Clemente Mendes, de 23 anos, atirou no braço da travesti. Ele e o sargento Ailton de Jesus, de 44 anos, também deixaram de socorrer a vítima.
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