Juiz de Belo Horizonte deferiu pedido da empresa, que tem dívida de R$ 2,3 bilhões
A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, deferiu na tarde desta quinta-feira o pedido de recuperação judicial da 123Milhas, que tem R$ 2,3 bilhões. A decisão inclui as empresas 123 Viagens e Turismo LTDA, a Art Viagens e Turismo LTDA e a controladora da empresa, a Novum Intestimentos Participações SA.
Entre os cerca de 730 mil credores da 123Milhas, a esmagadora maioria é de consumidores que compraram passagens e pacotes e não usufruíram dos serviços. Essas pessoas, agora, são consideradas pela empresa como credores quirografários, sem qualquer privilégio na ordem de pagamento do procedimento falimentar.
A juíza do caso também nomeou, em sua decisão, dois administradores judiciais do caso, figuras que são uma espécie de síndico do processo de recuperação judicial e que, entre outras coisas, são responáveis por elaborar, mensalmente, um relatório das atividades das devedoras em recuperação judicial. No caso da 123Milhas, serão os escritórios Paoli Balbino & Barros e Brizola e Japur.
A magistrada ressaltou que a relação de credores já tem cerca de 8.200 páginas e 34 listas. São, de acordo com ela, mais de 700 mil pessoas, a maioria consumidores.
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