Em novo romance, 'Elizabeth Finch', autor inglês defende que a superação do paganismo pelo cristianismo significou a vitória de uma cultura intolerante, com extremismo religioso, nacionalismo e repressão sexual como consequências
No dia seguinte à renúncia da primeira-ministra britânica Liz Truss, na quinta-feira da semana passada, o escritor Julian Barnes disse ao GLOBO que a ex-líder do Partido Conservador mostrou o que acontece quando um político eleito irrita o mercado, “essa besta imoral”.
Inimigo do monoteísmo e dos missionários, o escritor explicou ao GLOBO por que implica com a religião.Entrei em Oxford para estudar francês e russo e um ano depois mudei para filosofia e psicologia. Desisti. Não entendia a filosofia, e a psicologia era pura anatomia, e eu queria entender como os humanos funcionam. Inconscientemente, eu já desejava ser romancista. Um professor escreveu em um relatório: “Mr.
Elizabeth Finch afirma que o monoteísmo institui uma ortodoxia sexual. A infidelidade é um tema comum em seus romances... Liz Truss provou que Elizabeth tinha razão quando disse que a função principal de um político é desapontar?