A Justiça do Trabalho de Minas Gerais considerou assédio eleitoral o fato de dois frigoríficos em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte,
O juiz proibiu os frigoríficos de promoverem novos atos eleitorais; induzir ou pressionar os trabalhadores de participarem de atos políticos; e proibir que terceiros entrem nas instalações da empresa para fazerem campanha.
O MPT havia solicitado indenização de R$ 2 milhões das empresas, mas a medida não foi concedida pela Justiça. Na ação civil pública encaminhada à Justiça, o MPT afirma que"trata-se claramente de coação de patrão para funcionários em relação vertical, além de tentativa de compra de voto e propaganda eleitoral em local sabidamente proibido, dentro de empresa privada".
Funcionários do Serradão relataram ao MPT terem sido obrigados a vestir camisas verdes e amarelas com o número de urna de Bolsonaro e ouvir um discurso do deputado federal Mauro Lopes ao lado dos sócios da empresa, Sílvio da Silveira e seu irmão, Marcos Luiz da Silveira. "Eu estava fazendo campanha para o presidente, tá ok? É a minha liberdade de expressão", disse o deputado, ressaltando que não está envolvido em nenhum caso de assédio eleitoral.também procurou o frigorífico e seus sócios sobre a denúncia recebida pelo MPT-MG, mas eles não retornaram os pedidos de entrevista.