Josias de Souza: Hiperdesinformação das redes revitaliza imprensa
Em qualquer rodinha é muito fácil reconhecer um jornalista: é o que está falando mal do jornalismo. Nem sempre foi assim. Machado de Assis escreveu em 23 de outubro de 1859 uma crônica laudatória sobre a imprensa. Chama-se"A Reforma pelo Jornal''. Começa assim:"Houve uma coisa que fez tremer as aristocracias, mais do que os movimentos populares; foi o jornal''.
Habituada a se nutrir de crises alheias, a imprensa rala, em plena Idade Mídia, a sua própria crise. Se o autor de"Dom Casmurro" pudesse reescrever a crônica de 1859, talvez modificasse o título. Em vez de"A Reforma pelo Jornal", anotaria:"A Reforma do Jornal". Ou, melhor ainda:"A Destruição pelas Redes".
As redes em que os mentirosos mentem são mais importantes do que suas mentiras. As plataformas invadidas por criminosos são mais relevantes que seus crimes. Do mesmo modo, os filhos ilegítimos da internet são muito mais jornalísticos do que os filhos legítimos.
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