Com textos mordazes e polêmicos, ele personificava a imagem do crítico ranzinza — chegando até a inspirar um personagem de Nelson Rodrigues
Henricão, José Ramos Tinhorão e Carmen Costa no programa"Tudo é música" da TV Educativa do Rio Acervo IMS/DivulgaçãoUm dos mais respeitados pesquisadores e críticos musicais brasileiros, José Ramos Tinhorão morreu nesta terça-feira, aos 93 anos. A causa da morte não foi informada. Tido como uma pessoa mal-humorada e temida, Tinhorão ganhou fama por seus textos mordazes e polêmicos.
Nascido em Santos, no litoral paulista, mudou-se ainda criança para o Rio de Janeiro, onde se formou em direito e jornalismo. Já o nome “Tinhorão” foi um apelido que ganhou do editor Pompeu de Souza, no, em referência a uma planta venenosa de mesmo nome. Em 1958, quando foi trabalhar no. Nele, Tinhorão era retratado, segundo o biógrafo Ruy Castro, como “um jovem sátiro a bordo de um calhambeque e mantendo um caderninho onde anotava os nomes de suas conquistas”.
Ao longo da carreira, ele escreveu diversos livros, quase todos ligados à música brasileira. O primeiro deles foi lançado em 1966:. Ele também tinha publicações sobre o fado e outros ritmos portugueses. O pesquisador colecionava discos. Em seu acervo, vendido ao Instituto Moreira Salles em 2001, ele mantinha mais de 13.000 LPs e 14.000 livros sobre cultura popular, além de 35.000 documentos, fotos, filmes, jornais e revistas relacionados à música.
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