Ofensiva na madrugada deste sábado (28) no Líbano acontece após maior ataque israelense desde o início do conflito. Grupo extremista perdeu contato com o chefe, Hassan Nasrallah.
Em uma nova ofensiva, Israel bombardeia intensamente a região sul de Beirute, capital do Líbano, na madrugada deste sábado , de acordo com informações da Agência France-Presse . Na sexta-feira , aconteceu o maior ataque israelense desde o início do conflito com o grupo extremista Hezbollah.
Jornalistas da Reuters ouviram mais de 20 ataques aéreos em Beirute antes do amanhecer de sábado e mais outros após o nascer do sol — totalizando cinco horas de bombardeios. A fumaça podia ser vista subindo sobre os subúrbios do sul da cidade, controlados pelo Hezbollah. Fumaça se eleva do local de um ataque aéreo israelense que atingiu um bairro no subúrbio sul de Beirute, na madrugada deste sábado — Foto: Fadel Itani/AFP
Uma autoridade sênior de Israel disse que nos bombardeios do início do dia o país visava eliminar cerca da metade das capacidades de mísseis e foguetes do Hezbollah, "e conseguimos". A autoridade reafirmou também que o país não busca uma guerra generalizada contra o Hezbollah. Conforme as Forças Armadas de Israel, foi realizado um "ataque de precisão" ao quartel-general do Hezbollah, na sexta. O órgão informou que o QG está localizado entre edifícios residenciais em Dahieh, Beirute, "como parte da estratégia do Hezbollah de usar o povo libanês como escudo humano".
Em um primeiro comunicado, o Hezbollah não mencionou Nasrallah, mas condenou o ataque israelense, que teria atingido prédios residenciais. O governo israelense afirma que o alvo é o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que nasceu no Líbano com o intuito de lutar contra Israel. A semana de bombardeios provocou também um êxodo sem precedentes no Líbano desde a guerra de 2006. Nesta sexta-feira, a Acnur, a agência da ONU para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas de diferentes regiões do Líbano fugiram para a vizinha Síria nas últimas 72 horas.
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