'Se Irmã Dulce estivesse viva, estaria na Lava Jato'. A brincadeira pode soar estranha a quem desconhece que as boas relações e o jogo de cintura com políticos e empresários foi um dos pilares do trabalho social do 'anjo bom da Bahia'. Por joanaoliv
, será a primeira santa católica nascida no Brasil. Ela abraçou a vida religiosa aos 18 anos e a caridade aos 12, quando uma tia levou-a para conhecer a favela dos Alagados, em Salvador. Foi quando decidiu alimentar os pobres a ajudar os enfermos na porta de casa.
Depois de dez anos atendendo doentes na rua e de ocupar propriedades públicas e privadas para realizar seu trabalho —tendo vivido um jogo de gato e rato com a prefeitura de Salvador, que a expulsava dos terrenos—, a freira decidiu matar as galinhas do galinheiro de seu convento, tapar as paredes com compensado e instalar estrados e colchões para abrigar 70 doentes. Para transformar a estrutura improvisada em um hospital, foi atrás dos poderosos.
Bem relacionada também com presidentes, Irmã Dulce recebeu, em 1979, a visita do general João Figueiredo que ajudou a financiar, através do Banco do Nordeste, a ampliação do hospital em 1983.
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