A esquerda italiana e o poder judicial denunciaram, nesta quinta-feira (11), a supressão do crime de favoritismo, em um país onde os contratos públicos são frequentemente usados para lavar dinheiro da máfia.
A esquerda italiana e o poder judicial denunciaram, nesta quinta-feira , a supressão do crime de favoritismo, em um país onde os contratos públicos são frequentemente usados para lavar dinheiro da máfia.
Os seus defensores argumentam que o artigo 323 do Código Penal, que pune a adjudicação fraudulenta de contratos públicos, era como uma espada de Dâmocles pendurada sobre os funcionários, que já não ousavam aprovar contratos ou realizar projetos.Irmãos da Itália e A Liga, os outros dois partidos da coalizão da chefe do governo italiano, a ultradireitista Giorgia Meloni, e três partidos centristas, também votaram a favor da reforma.
"O cidadão que apresentar queixa para denunciar a violação das regras que regem os concursos, ou a evasão das listas de espera hospitalares, ou a autorização ilegal dada ao seu vizinho para construir onde não tem direito, deixará de ser protegido pela lei", lamentou o ex-procurador nacional antimáfia Federico Cafgiero De Raho, no jornal Il Corriere della Sera.
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