Sara e outras quatro pessoas morreram em tentativa de travessia para o Reino Unido em abril.
Enquanto caminhava despreocupadamente por uma praça pública ensolarada, o contrabandista parecia não ter ideia de que estava sendo seguido.
Esta investigação nos levou dos acampamentos informais de migrantes ao redor de Calais e Boulogne, a uma unidade da polícia francesa em Lille, uma cidade mercantil em Essex, ao porto belga de Antuérpia, Berlim, e finalmente a Luxemburgo — e a uma tocaia de três dias na porta do centro de recepção de migrantes do país.
Por uma taxa, ele disse que poderia nos oferecer "uma viagem tranquila" com "seguranças extras, todos portando armas" no próximo barco de pequeno porte que saísse do norte da França. O custo era de 1,5 mil euros por pessoa.A nossa investigação foi motivada pela experiência de assistir a um incidente desesperador que aconteceu na costa francesa em 23 de abril.
Uma garotinha de jaqueta rosa — mais tarde identificada como Sara — ficou brevemente visível nos ombros do pai.Sara estava morando com familiares na Suécia, mas eles foram informados que teriam que sair de lá Só que queríamos ir mais fundo, encontrar os grupos criminosos específicos que eram responsáveis por aquele barco, e entender como se encaixavam dentro de uma rede maior e lucrativa que continuava a direcionar dezenas de milhares de migrantes para uma pequena faixa da costa francesa.
Muitas das dezenas de pessoas que embarcaram no barco com Sara e sua família não sabiam nada sobre os responsáveis pela operação. Elas haviam conversado apenas com agenciadores relativamente novos, que muitas vezes podem ser encontrados fora das estações de trem de Calais ou Boulogne, em busca de clientes em potencial.
Todas as nossas fontes, a esta altura, estavam nos dizendo que "A Montanha" estava na Bélgica, provavelmente em Antuérpia. Esperamos quase duas semanas por aquela ligação, até que, finalmente, tarde da noite, nosso telefone tocou."A Montanha" falou usando frases curtas e concisas. Neste telefonema, e em duas conversas telefônicas subsequentes, ele confirmou que ainda estava em atividade, nos assegurando que a travessia do Canal da Mancha era "uma missão segura", e que havia aperfeiçoado suas táticas desde a morte de Sara.
Mas como ter certeza de que ele sequer estava aqui? Não podíamos simplesmente vagar por ali. O complexo era fechado ao público em geral, com um único ponto de entrada/saída vigiado por pelo menos quatro agentes de segurança privados. Peguei uma foto de Sara, e perguntei se ele era o culpado pela morte da menina de sete anos. Ele balançou a cabeça novamente, negando.Ligamos então para o número de telefone dele. Ele poderia ter ignorado a chamada. Poderia ter esperado em silêncio até o bonde chegar. Mas quando pedimos que ele atendesse o telefone, e nos mostrasse, ele pareceu momentaneamente confuso, e fez o que pedimos.
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