Ministro da Fazenda afirma que que ata deixou claro que os argumentos dos dois lados eram pertinentes
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, foi bastante técnica e que mostrou que havia “mais rumor” do que verdade na tensão observada no mercado financeiro após a decisão da semana passada.
Dada a divisão entre os diretores, o mercado financeiro ficou com a impressão que a divergência poderia ser política ou mesmo de pensamento econômico, considerando que o Copom unanimemente avaliou que o cenário para a inflação estava mais desfavorável. Seria como se os diretores de Lula recomendassem uma “dose menor do remédio” para combater a “doença” - ou seja, um juro menor para o controle da inflação.
A ata mostrou que os membros dissidentes debateram sobre "o custo de oportunidade de não seguir o guidance vis-à-vis a mudança de cenário no período". Em março, o comitê havia indicado que reduziria a Selic em 0,50 ponto porcentual este mês. Mas, em meados de abril, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou, em evento em Washington , que o aumento da nebulosidade no cenário poderia levar à redução do ritmo.
Haddad disse que já esperava que a ata mostrasse que a divergência se dava em posições técnicas “respeitáveis” e “defensáveis”. Questionado se avalia que o BC deveria seguir o centro da meta de inflação ou a margem de tolerância, o ministro afirmou que a banda existe “para casos excepcionais”. Atualmente, a meta é de 3,0% com banda de 1,5 pp para cima e para baixo.
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