Enquanto o ato se desenrolava, a mundo político repercutia as declarações do filho do presidente, vereador Carlos Bolsonaro, que disse no Twitter que as 'vias democráticas' travam as mudanças que ele almeja no país
, o conteúdo de mensagens privadas trocadas no Telegram entre procuradores da Operação Lava Jato, incluindo o ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro."É preocupante o ataque à imprensa independente ou que o Governo não controla:, os jornalistas Patricia Campos Mello e Glenn Grennwald e colunistas.
O relator da OEA vê um ataque à liberdade de expressão não apenas no âmbito da imprensa como em sentido mais amplo, como no episódio de censura a livros de conteúdo LGBT ordenada pelo prefeito carioca, Marcelo Crivella, que acabou recebendo a chancela de uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado.."É preocupante que alguns juízes não tenham ciência de quais são os fundamentos básicos da democracia.
Para o relator da OEA,"o Governo busca impor um relato que cria uma série de inimigos e ideologias que deveriam estar censuradas ou excluídas do ambiente artístico, acadêmico e político.""Parece querer se dar ao direito de estabelecer quais são as ideias que devem prevalecer no espaço público e quais devem ser descartadas em nome da cidadania", acrescenta.
Lanza pondera que os casos de Venezuela, Nicarágua e Cuba não podem ser comparados ao brasileiro, uma vez que nesses três países a democracia e as liberdades foram suprimidas.
No ato na Faculdade de Direito estiveram o ex-candidato petista Fernando Haddad, os deputados federais Sâmia Bonfim e Ivan Valente e o ex-chanceler do Governo tucano Celso Laffer. José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça do Governo FHC e atual presidente da recém criada Comissão Arns, de defesa dos direitos humanos, não pode comparecer e enviou uma mensagem que foi lida durante o ato.