Embora algumas nações estejam queimando mais carvão este ano, espera-se que o efeito seja de curta duração
A crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia provavelmente acelerará, em vez de desacelerar, a transição global dos combustíveis fósseis para tecnologias mais limpas, como veículos eólicos, solares e elétricos, disse nesta quinta-feira a principal agência de energia do mundo.
Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou mais de US$ 370 bilhões em gastos com essas tecnologias sob a recente Lei de Redução da Inflação. O Japão também busca um novo programa de “transformação verde” que ajudará a financiar energia nuclear, hidrogênio e outras tecnologias de baixa emissão. China, Índia e Coreia do Sul aumentaram as metas nacionais para energia renovável e nuclear.
Enquanto isso, espera-se que o investimento global em energia limpa passe de US$ 1,3 trilhão em 2022 para mais de US$ 2 trilhões anualmente até 2030, uma mudança significativa, segundo a agência. — Se quisermos atingir metas climáticas mais ambiciosas, provavelmente precisaremos ver cerca de US$ 4 trilhões em investimentos em energia limpa até 2030 — disse Birol, ou o dobro do que a agência projeta atualmente. — Em particular, não há investimento suficiente no mundo em desenvolvimento.
A Rússia, que era o maior exportador mundial de combustíveis fósseis, deverá ser especialmente atingida pelas interrupções energéticas. À medida que as nações europeias correm para reduzir sua dependência do petróleo e gás russos, o país provavelmente enfrentará desafios para encontrar novos mercados na Ásia, principalmente para seu gás natural, diz o relatório.