Mais da metade dos argentinos vive abaixo da linha da pobreza, incluindo duas em cada três crianças.
Duas em cada três crianças na Argentina são pobres — elas sobrevivem com a ajuda do Estado e de refeitórios comunitários como este"A situação está ruim há algum tempo, os salários não são suficientes para comer, e o auxílio estatal tampouco", diz Noelia, de 38 anos.
Um relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância da Argentina, em agosto, revelou que "todos os dias, um milhão de meninas e meninos vão dormir sem jantar no país"."Não comemos mais carne. Comemos macarrão com queijo e pronto", diz Noelia. Questionado sobre qual a responsabilidade do governo em relação aos novos índices de pobreza, o ministro da Economia, Luis Caputo, disse em entrevista ao canal de notícias LN+: "Deste governo, zero"., as medidas que eles tomaram permitiram ao país evitar uma nova crise hiperinflacionária como a que sofreu em 1989, que dobrou os números da pobreza na época.
Mas outra grande parte do fenômeno se deveu ao desemprego, que também atingiu níveis recordes, ultrapassando 21%, o que deixou milhões de famílias sem sustento.Por outro lado, os mais vulneráveis recebem atualmente uma série de auxílios financeiros — "planos sociais" —, que não existiam há duas décadas e que foram introduzidos após a crise de 2001-2002.
Além disso, elas têm como objetivo, segundo o governo, estimular o emprego privado, que está estagnado há mais de uma década, e reduzir o emprego estatal - área que nos últimos anos se tornou o principal gerador de empregos . E se houver mais filhos — como costuma acontecer em muitas famílias de baixa renda —, o percentual é ainda mais reduzido.
E também ao aumento das tarifas: segundo o Instituto Interdisciplinar de Economia Política , da UBA, a cesta básica de serviços de eletricidade, gás, água e transporte para uma família típica da região metropolitana de Buenos Aires aumentou 370% desde que Milei assumiu o cargo, mais do que o dobro da inflação acumulada durante esse período.
Também compara a Argentina, onde a pobreza dobrou desde 2017, com outros países da região que conseguiram reduzir esse índice desde 2011, como Chile , El Salvador e México .Após a publicação dos índices de pobreza, o governo destacou um dado promissor: o segundo trimestre apresentou uma melhora em relação ao primeiro, uma tendência que — eles asseguram — vai continuar.
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