Apesar de sofrer com eventos cada vez mais intensos, estado não implementou projetos que poderiam amenizar tragédias
o dobro do que costuma chover em todo o mês no Estado. O rio Taquari subiu muito rapidamente na sua cabeceira, propagando uma onda de cheia ao longo da bacia. As inundações que se seguiram levaram à morte de 50 pessoas.
“O governo age depois das tragédias, mas antes delas acontecerem o que temos visto é uma falta de organização”, afirma o deputado estadual Matheus Gomes . Ele analisou os orçamentos para a Defesa Civil nos últimos anos e fez um pedido de informações da gestão sobre os gastos logo após a passagem do ciclone de junho., a previsão orçamentária para o aparelhamento da Defesa Civil foi de apenas R$ 100 mil reais.
“É um recurso muito inferior à necessidade”, continua Gomes. “Não demonstra uma seriedade ao pensar a prevenção a desastres e a dotação orçamentária para isso.” “Os modelos matemáticos previram as chuvas, em intensidade, mas não previram o volume de cerca de 300 milímetros nas diversas bacias hidrográficas da zona Norte do estado, da Região Noroeste, da Região Serrana, do Vale do Taquari – este que foi mais afetado”, afirmou Leite. Logo na sequência, foi desmentido pelos serviços meteorológicos.
A informação foi repassada no dia 30 de agosto ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que convocou reuniões com as Defesas Civis de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os estudos iniciaram em 2012, e diagnósticos, oficinas e uma série de atividades foram finalizados em 2019. A Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura gastou US$ 8,7 milhões com consórcio formado pelas empresas Codex Remote, Acquaplan e Gitec para fazer o zoneamento.
“A elaboração desse plano participativo de gestão de risco de desastres, com a formulação de política estadual e a previsão dos mecanismos institucionais para sua implementação foi finalizado em 2017 e desde então não mais avançou”, diz Pereira. Para a formulação dessa política estadual foram usados recursos do Banco Mundial no valor de pouco mais de R$ 670 mil, na época.
Também chamados de “Parlamento das Águas”, os comitês são a instância democrática de decisão sobre o uso do recurso. Eles preveem a participação de todos os tipos de usuários de água de forma igualitária. Já o plano de bacia é um instrumento de gestão para que sejam tomadas medidas com relação à vazão e à qualidade dos recursos hídricos.
Levantamento feito pelo MapBiomas a pedido da Pública mostra que houve uma perda de 20% na vegetação nativa na bacia do rio Taquari-Antas entre 1985 e 2022 – região de ocorrência do bioma Mata Atlântica. Cerca de 3.400 km2 de florestas e campos nativos foram convertidos no período para outros usos, principalmente para agricultura. Em 1985, a cobertura total de vegetação nativa equivalia a 64% da bacia. No ano passado, já era de apenas 51%.
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