Após declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmando que os atos de 8 de janeiro não foram um golpe, governistas criticaram a fala e alertam para possível apoio a projeto de anistia aos condenados.
Governistas criticaram nesta segunda-feira (9) declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (PL-PB), feitas na sexta-feira (7), quando disse que os atos de violência contra os prédios dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não foram uma tentativa de golpe, mas atitudes de “vândalos” e “baderneiros”. Petistas consideraram a fala “ruim” e um “verdadeiro absurdo”.
Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, Motta afirmou que 8 de janeiro não teve um líder nem apoio de instituições interessadas para que pudesse chamar de golpe. — Negar a tentativa de golpe de 8 de janeiro é um verdadeiro absurdo depois de tantas provas obtidas na CPI do Congresso e nas investigações do STF. Enquanto ficarmos passando o pano em golpistas vamos continuar vivendo sob ameaças — disse o deputado Carlos Zaratini (PT-SP). A base do governo, no entanto, nega que isso vá gerar uma crise entre Motta e apoiadores de Lula. Apesar das críticas, os petistas naturalizaram a fala do presidente da Câmara, já que o parlamentar pertence ao centrão e foi eleito com votos da oposição. — É o jeito dele, ele foi eleito com os dois lados. Ele vai ficar sempre fazendo uma mediação. Ele está em um processo de construção coletiva. O importante é ele trabalhar pelos projetos do governo — avaliou o deputado Jilmar Tatto (PT-SP). Os petistas, porém, disseram que será necessária uma atenção redobrada com os passos de Motta para ver se a postura irá se materializar em um apoio ao projeto de lei de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Aliados de Motta, de partidos do Centrão, defenderam que o presidente da Câmara tem direito a opinião, concordam que os atos se trataram apenas de “vandalismo”, mas negaram que isso signifique um avanço para o projeto de lei da anistia. Eles ponderam que a pauta é polêmica e que julgamentos cabem ao judiciário, mesmo que as penas estejam desproporcionais. Já o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), viu na fala de Motta uma sinalização a favor da proposta que livra os condenados pelo ato contra os três poderes. — Acho que a declaração dele pavimenta para que possamos pautar em breve o PL da Anistia. O Hugo está demonstrando ser um presidente com convicções com opniões próprias, eu concordo com tudo o que ele falou sobre o 8 de janeiro, aquilo nunca foi golpe. Assim como impeachment da Dilma também não foi golpe. Para a esquerda tudo é golpe — disse
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