Golpistas se aproveitam de desinformação sobre o PIX para espalhar golpes com boletos falsificados. A Receita Federal alerta sobre a importância de verificar a autenticidade de mensagens e de não cair em armadilhas.
No Brasil, golpes com boletos falsificados estão aumentando em paralelo à disseminação de mentiras sobre o PIX nas redes sociais. Paula Paiva, da equipe de checagem de informações do Grupo Globo, o Fato ou Fake, explica a situação. A onda de desinformação ganhou força nas últimas semanas após a atualização do sistema de acompanhamento financeiro da Receita Federal . Essas novas regras geraram muitas dúvidas, o que é compreensível.
No entanto, golpistas estão aproveitando essa situação para enganar pessoas. Um dos golpes mais comuns envolve mensagens falsas com fotos de perfil imitando o logo da Receita Federal. O texto afirma que a pessoa foi taxada por usar mais de R$ 5 mil no PIX no mês e que precisa pagar R$ 845 para evitar o bloqueio do CPF. É importante ressaltar que essa é uma fraude. Para identificar mensagens falsas, é crucial questionar a sua origem. A Receita Federal nunca envia cobranças ou comunicados por WhatsApp, SMS ou redes sociais. As informações oficiais são disponibilizadas apenas através do portal eletrônico e-CAC.Além disso, circulam vídeos nas redes sociais alegando a existência de uma cobrança de um imposto do PIX que prejudicaria pequenos comerciantes, vendedores ambulantes e empreendedores. Esta afirmação é completamente falsa. Nenhuma mudança afeta os contribuintes em relação a impostos sobre o PIX. A nova obrigação de compartilhar informações com a Receita Federal se aplica apenas às instituições financeiras. A Receita já recebe informações sobre transações com cartão de crédito e transferências bancárias de pessoas físicas acima de R$ 2 mil e de empresas acima de R$ 6 mil por mês há mais de 20 anos. Agora, novos meios de pagamento, como o PIX, serão incluídos nesse sistema. O valor mínimo para informar transações aumentou para R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. A Receita utilizará essas informações para verificar se as movimentações bancárias dos contribuintes concordam com o que é declarado no Imposto de Renda.
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