Inspirados pela adolescente sueca Greta Thunberg, os mais novos lideram hoje a luta contra o aquecimento global
Numa tarde ensolarada do final do verão europeu, Roger Pallàs, um universitário catalão de 22 anos, cabelos loiros e corpo franzino, dirige sua van rumo à Costa Brava enquanto cantarola: “The people gonna rise like the waters, we’re gonna face this crisis now... [o povo vai se erguer como as águas, vamos enfrentar esta crise já]” —um dos hinos que ele e seus companheiros tentaram propagar nas greves pelo clima em Girona.
E foi assim que, numa sexta-feira de janeiro, véspera do dia de São Canuto, um andaluz, um basco e um catalão decidiram sentar-se em frente ao edifício da Generalitat de Girona com um cartaz que dizia: “Greve pelo clima”. A primeira na Espanha. Naquele dia, duas amigas se juntaram a eles e dois curiosos pararam para ver o que estava acontecendo. Em poucas semanas, gente de outras cidades estava ligando para eles e perguntando como se unir ao movimento Fridays for Future .
MAIS INFORMAÇÕES O movimento continua se espalhando. Neste verão europeu, 400 crianças do Fridays for Future originárias de 38 países se juntaram em Lausanne para tentar encontrar pontos em comum e coordenar ações iminentes, como a próxima greve mundial pelo clima, na sexta-feira.
A representação mexicana se estabeleceu como a mais ativa da América Latina, com 220 atividades realizadas e presença em 60 cidades. Mas o México não é a Suécia e importar o Fridays for Future implica reconhecer uma realidade muito diferente neste país com 52 milhões de pobres, onde a corrupção permite abusos terríveis e a violência mata dezenas de milhares de pessoas por ano.
Os 25 demandantes, em maior ou menor grau, tornaram-se símbolos da causa verde. A pequena Aymara Cuevas, de 10 anos, que vive em Itagüí, perto de Medellín, é hoje a voz do comitê ambiental de sua escola e se coloca na primeira fila das marchas de que participa com outras crianças. Yurshell Rodríguez, de 24 anos, nasceu no meio do Caribe, no arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina.
Esse encontro juvenil antecedeu o oficial, que começa nesta segunda-feira: a Cúpula de Ação Climática da ONU em Nova York, o encontro que motivou a odisseia atlântica de Greta. A adolescente, por coerência, evita o avião para reduzir sua pegada de carbono, de modo que, para chegar a Manhattan, navegou duas semanas em um veleiro.
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