O novo sistema de bilhetagem eletrônica do Rio de Janeiro, o Jaé, será o único aceito em modais municipais a partir de julho. Mas a implementação do sistema vem com um ponto controverso: a cobertura das câmeras de biometria facial por parte dos motoristas de vans e cabritinhos devido ao medo de represálias de criminosos. Essa medida abre espaço para fraudes em gratuidades, um problema que a prefeitura tenta mitigar com o controle de uso excessivo de cartões por usuários.
O novo sistema de bilhetagem eletrônica do Rio de Janeiro, o Jaé , será o único aceito em modais municipais a partir de julho. Conforme o EXTRA noticiou nesta segunda-feira, motoristas de vans e cabritinhos foram liberados pela prefeitura a cobrir o sistema de controle de biometria facial dos validadores, já que os operadores temiam represálias de criminosos, que não queriam ser filmados. Com o controle deficiente, o caminho fica livre para fraudes em gratuidades, por exemplo.
\Sem a biometria facial, o controle é feito 'por meio de checagem do excesso de gratuidades utilizadas por um mesmo usuário', informa a Secretaria municipal de Transportes (SMTR). O sistema de biometria — uma obrigatoriedade contratual — seria utilizado justamente para evitar o uso de cartões de gratuidade por quem não é beneficiário. A SMTR, no entanto, afirma que 'o uso de fita para cobrir a câmera do validador não tem impacto na operação do sistema' de vans e cabritinhos pois a posição dos validadores instalados nos veículos 'impossibilita enquadramento e registro dos usuários'. \A secretária municipal de Transportes Maína Celidonio afirmou que, apesar de estar no contrato de concessão, a previsão de câmeras esbarra na 'realidade nas comunidades' no Rio. Até o fechamento desta reportagem, a pasta dos Transportes não informou se já há números de fraudes identificadas no sistema, que começou a ser instalado em vans e cabritinhos em novembro de 2023, nem uma estimativa de prejuízo. Conforme o EXTRA mostrou nesta segunda-feira, a autorização para que os validadores fossem cobertos partiu do prefeito Eduardo Paes e de Maína Celidonio. Em reunião com os motoristas, registrada em vídeo, Paes afirmou que a prefeitura podia 'fazer muito pouco' sobre o problema de segurança e que teria a questão 'como regra, para a própria questão de proteção das pessoas'. Já Maína explicou aos permissionários que os equipamentos já seriam instalados com a lente da câmera coberta por fita adesiva. — Eles serão entregues com adesivo preto em cima da câmera. Se quiserem usar, tirem o adesivo. Se não quiserem usar, não é obrigado a utilizar a câmera nem a biometria — disse na época do vídeo, gravado em 2023, na Ilha do Governador
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