França encerra repatriação coletiva de mulheres e crianças jihadistas da Síria

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País realizou quatro operações em um ano para repatriar companheiras de combatentes do Estado Islâmico e seus filhos que viviam em campos para refugiados

Na terça-feira, dez mulheres e 25 menores chegaram à França vindos da Síria, elevando o número total de repatriações realizadas pelas autoridades francesas para 57 e 169, respectivamente, desde 2019.

— Algumas mães muito radicalizadas disseram explicitamente que queriam ficar na Síria — explicou a fonte, sem especificar quantas seriam. Em maio, uma fonte familiarizada com a situação disse à AFP que 80 mulheres francesas repatriadas nesse contexto não queriam "voltar".Embora a França tenha fechado a porta às repatriações coletivas nesta sexta-feira, que começou a realizar em julho de 2022, não descarta fazê-lo individualmente no futuro.

Marie Dosé, advogada que representa as famílias de mulheres e crianças mantidas em campos no nordeste da Síria, disse na terça-feira que ainda haveria cerca de 100 crianças lá. Milhares de europeus viajaram para Síria e Iraque para se juntar às fileiras do grupo Estado Islâmico , às vezes levando suas esposas e filhos com eles.

Após a queda do autoproclamado "califado" do EI em 2019, o retorno desses familiares tornou-se uma questão delicada para os países europeus. Espanha, Bélgica, Holanda, Alemanha e França repatriaram alguns familiares de combatentes do EI, detidos em campos de refugiados controlados por forças curdas, como os de al-Hol e Roj.

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