O arquivo original da foto, considerada uma das mais famosas da história da ciência, está nos arquivos da Universidade King's College London, no Reino Unido
O próprio Watson relatou em seu livrosua reação ao ver a foto 51: "Meu queixo caiu e meu coração começou a acelerar".
"Com seu trabalho, ela comprovou a existência da chamada forma A do DNA, que foi alcançada em uma umidade relativa de cerca de 75%. Além disso, ela mostrou que em níveis ainda mais altos de umidade acontecia uma mudança estrutural bem definida que levava a um novo tipo de diagrama, a chamada forma B, que é como se encontra a molécula normalmente em organismos vivos.
Uma das imagens da forma B era justamente a famosa Foto 51 que, segundo Gosling, correspondia "lindamente" à estrutura de hélice.Watson e Crick também tiveram acesso a um relatório crucial no qual Franklin analisava seus dados e incluía medições de parâmetros na Foto 51.
Aaron Klug, Prêmio Nobel de Medicina com quem Franklin mais tarde colaboraria, observou em um documentário na PBS, a rede de televisão pública americana: "O relatório para o MRC continha os dados de Franklin... todos os parâmetros e sobretudo a simetria. Foi a simetria que indicou a Crick que as duas cadeias da molécula corriam em direções opostas".
Mas o historiador acredita que sem a foto e os dados de Franklin, Watson e Crick não poderiam ter publicado seu famoso estudo em 1953. No primeiro estudo, em uma frase celebremente vaga, Watson e Crick observam: "Também fomos estimulados pelo conhecimento da natureza geral dos resultados e ideias experimentais não publicados" de Wilkins, Franklin e seus colegas.