Forças Armadas terão que adaptar estruturas para receber mulheres alistadas, alertam especialistas

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Governo publicou na quarta-feira as regras para o alistamento feminino no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, que passará a ser permitido a partir do ano que vem

Governo publicou na quarta-feira as regras para o alistamento feminino no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, que passará a ser permitido a partir do ano que vemAs Forças Armadas se preparam para receber alistamento feminino voluntário a partir do próximo ano. Adaptações estruturais serão necessárias para integrar mulheres nos combates, marcando um avanço significativo.

O professor Luiz Goldoni, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército , reforça a necessidade de a infraestrutura militar se adaptar a novas demandas que irão surgir com as mulheres soldados: — O serviço militar tem um papel instrutivo. Eles dão educação, alimentação, tem um papel disciplinar. E há décadas você tem uma liberação por excesso de contingente. Eles nem aproveitam todos os que seriam os potenciais conscritos. Não faz nenhum sentido impedir que mulheres tenham acesso ao serviço militar por essa porta — avalia.

Em julho, o ministro presidiu a formação das 114 primeiras fuzileiras navais do Brasil no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves , em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A formatura já foi avaliada pela Marinha, como um “marco na inclusão e na igualdade de oportunidades nas Forças Armadas”.

A história ficou oculta depois do fim do conflito porque a ditadura de Joseph Stalin não queria admitir que recorreu ao sexo feminino para enfrentar os nazistas. A importância dessa participação foi detalhada em “A guerra não tem rosto de mulher”, livro da jornalista bielorussa Svetlana Aleksiévitch, vencedora do Nobel de Literatura em 2015. Mas o volume com relatos de veteranas do front foi publicado apenas em 1985.

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