Procura por livros, debate com autores, cortejo de samba e show de reggae marcaram o último dia
Maricá - O último dia da 8ª edição da Festa Literária Internacional de Maricá manteve no domingo o clima que teve desde seu início, em 19 de setembro. Mesmo com o tempo chuvoso, o público lotou a tenda literária em busca dos livros ainda disponíveis até a hora do fechamento. A Arena Gilberto Gil também ficou cheia para a última roda de conversa, com o tema “Quebrando barreiras literárias entre Brasil e Angola”.
“O que acontece aqui é o que chamo de ‘desfronteirizar’ o acesso aos livros, que são vistos por muita gente como um artigo de ‘luxo’ ou ‘supérfluo’, na medida em que há dificuldade de acesso e as outras necessidades das pessoas mais carentes. Só que mesmo em países como a França existem fronteiras raciais e econômicas como aqui. Esse acesso que vemos aqui é fundamental e necessário”, avaliou o angolano.
Ao final das falas e antes que os autores iniciassem suas sessões de autógrafos para os leitores, o secretário de Educação de Maricá, Márcio Jardim, afirmou que o debate foi pertinente com a escolha do tema para esta edição da FLIM. “A gente vive num país onde tem tanto investimento falho e pouco apreço pela cultura, que é uma vertente importante para as pessoas. Então tocar encerrando um evento que leva literatura no nome é uma coisa importante, e um privilégio para nós”, declarou o vocalista Tales de Polli antes de subir ao palco.