Ritmo e duração das produções eram muito diferentes antes da televisão chegar a era da internet
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Algumas séries daquela temporada tiveram boas performances: “New Girl”, “Scandal”, “Last Man Standing”. Mas uma varredura na lista de estreias é um mar de sonhos desfeitos. “Terra Nova”, o caríssimo fracasso de dinossauros da Fox, foi extinto em dezembro. “Work It”, da ABC, sobre homens que se vestiam de mulheres para conseguir empregos em uma economia ruim, foi cancelada após dois episódios.
Além disso, nichos pequenos mas fiéis de fãs tinham força o bastante para salvar um show. Ser apaixonado por programas ousados e inovadores naquela época era saber que seu amor era um caso perdido, ver a estreia de um programa inovador e pensar: “É, esse vai ser cancelado”. E normalmente você estava certo. “Freaks and Geeks”, “Minha vida de cão”, “Firefly”... Eram todos ótimos e duraram apenas uma temporada.
Então, não só a Netflix, HBO Max e o resto não inventaram a prática de matar programas, como ainda são relativamente amadores nisso. Um estudo de 2023 do "The Wrap" descobriu que a Netflix cancelou formalmente apenas 11% de seus novos programas, muito abaixo da taxa da TV aberta. A análise observou que a Netflix exibe muitas “séries limitadas” de uma única temporada que poderiam ter sido menos limitadas se mais pessoas as tivessem assistido.
Mas talvez a maior diferença hoje esteja nas expectativas dos telespectadores. A promessa implícita das plataformas de streaming era capacitá-los. Você assistiria o que quisesse, quando quisesse, e receberia os programas que a TV aberta não fazia, com os devidos finais.
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