Um grupo de ex-juízes, procuradores, filósofos e jornalistas apresentou uma queixa criminal contra o rei Juan Carlos I por cinco crimes fiscais. A queixa baseia-se em suspeitas de que o rei emérito não declarou corretamente rendimentos recebidos através de uma fundação.
Magistrados aposentados do Supremo Tribunal , como Clemente Auger e José Antonio Martín Pallín, bem como procuradores anticorrupção também aposentados, como Carlos Jiménez Villarejo e José María Mena, juntamente com filósofos (Santiago Alba) e jornalistas (Pilar del Río) apresentarão uma queixa criminal por cinco crimes fiscais contra o rei Juan Carlos I perante a Segunda Sala do Supremo Tribunal .
Os factos por os quais se apresenta a queixa já foram investigados pela Fiscalía do Supremo, que arquivou então as diligências ao entender que o rei emérito tinha regularizado a sua situação fiscal mediante o pagamento de 678.000 euros em dezembro de 2020 e 4.395.000 euros em fevereiro de 2021, antes de saber que existia uma investigação contra ele por fraude fiscal. Os denunciantes consideram que a desculpa absolvente utilizada pelo antigo monarca - a regularização - não cumpriu os requisitos legais para a sua aplicação. A Fiscalía do Supremo Tribunal abriu duas diligências de investigação em 24 de junho de 2020 e 6 de novembro de 2020, comunicando-as ao advogado do rei emérito, sem especificar o tipo de crimes que perseguia. O rei emérito tinha ingressado quantias multimillonárias através da fundação Zagatka, presidida pelo seu primo Carlos de Orleans, que pagou até oito milhões de euros para serviços privados de Juan Carlos I e do empresário mexicano Allen Jesús Sanginés Krause. Juan Carlos I não declarou neste momento ao fisco estes rendimentos, mas apresentou em fevereiro de 2021 autoliquidizações correspondentes a cinco exercícios fiscais - de 2014 a 2018 - para evitar a sanção. Os denunciantes sustentam agora que a Fiscalía informou ao rei emérito que a investigação foi aberta por existir possíveis infrações fiscais e que os crimes ainda não prescreveram
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