Em dois anos dos atentados de 8 de janeiro, a história de Eunice Paiva se torna um paralelo inspirador com a luta pela democracia atual.
Os atos dos dois anos dos atentados do 8 de janeiro, previstos para esta quarta-feira, atualizam uma célebre frase dita por Ulysses Guimarães em seu discurso na promulgação da Constituição de 1988: 'a sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram'.
Com o sucesso do filme 'Ainda estou aqui' – que acaba de render o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres –, o povo brasileiro passa a se reconhecer, agora, em outra personagem, igualmente importante: Eunice Paiva, cujo histórico de resistência inspira a todos que se engajam na atual batalha em defesa da democracia.O paralelo é inevitável: enquanto, em 1971, Eunice confrontava o regime autoritário na busca pela verdade e pela memória de seu marido, em 2023, o país enfrentava um novo ataque ao Estado de Direito.Se Rubens Paiva simbolizava homens e mulheres que foram feridos, silenciados e mortos nos anos de chumbo, Eunice Paiva, sua esposa, representa a resiliência dessas mesmas pessoas – e, sobretudo, de seus parentes e amigos – ao longo das décadas.O Brasil viveu anos sombrios na ditadura militar – e passou por outro momento crítico no 8 de janeiro. Em ambas as situações, a sociedade se viu espelhada na conduta daqueles que não se acovardaram.Eunice não apenas sobreviveu ao horror, mas também lutou incansavelmente para preservar a memória, exigir justiça e buscar a verdade sobre o destino de seu marido.A sua luta é um lembrete permanente de que os brasileiros, na figura de mulheres como ela, nunca desistem da democracia, mesmo quando tudo parece perdido
Atentar Democracia Eunice Paiva Resistência Estado De Direito
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
‘Ainda estou aqui’: Como advogada, Eunice Paiva deixou legado para o direito indígenaAlém de lutar por justiça pelo assassinato do marido, Rubens Paiva, Eunice se envolveu na causa indígena na ditadura
Consulte Mais informação »
‘Ainda Estou Aqui’: Túmulo de Eunice Paiva vira ponto turísticoInterpretada por Fernanda Torres no filme, advogada se tornou símbolo da luta contra a ditadura militar
Consulte Mais informação »
'Ainda estou aqui': veja como estão os filhos de Eunice e Rubens Paiva atualmente'Ainda estou aqui': veja como estão os filhos de Eunice e Rubens Paiva atualmente
Consulte Mais informação »
Filme sobre desaparecimento de Rubens Paiva é um símbolo de reconciliação nacional, diz Marcelo PaivaO filme, baseado no livro de Marcelo Paiva, aborda o desaparecimento de Rubens Paiva durante a ditadura militar no Brasil e a luta de sua mãe, Eunice Paiva, pela justiça. O autor considera o filme um símbolo de reconciliação nacional, destacando a sutileza e humanidade com que retrata os temas sensíveis da época.
Consulte Mais informação »
Exclusivo: Maria Luiza Paiva, vice-presidente de sustentabilidade da Vale, pede demissão, dizem fontesO Valor também apurou que a vice-presidência executiva de projetos, sob o comando de Alexandre Pereira, será extinta
Consulte Mais informação »
‘Ainda estou aqui’: o neto de Rubens Paiva que não se elegeu vereadorChico Paiva seguiu os passos do avô na política
Consulte Mais informação »