Pesquisadores classificam ocorrências com a partir desta quantidade de mortes, seja de civis ou de policiais, como chacina. A polícia questiona a terminologia G1
Um levantamento da Universidade Federal Fluminense e da plataforma Fogo Cruzado indica que, nos últimos 14 anos, o Rio de Janeiro teve 456 operações policiais que resultaram em três ou mais mortes.
"O problema principal da letalidade policial e das chacinas em particular é a perda das vidas - de vidas de civis e de policiais. Mas, a essa altura, nós já temos elementos empíricos suficientes para demonstrar que a brutalidade policial, a letalidade policial, as ações extremamente violentas não são eficazes para controlar o crime", diz o sociólogo Daniel Hirata, do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense .
Nos primeiros 145 dias deste ano , a quantidade de operações com três ou mais mortes foi 53% maior do que no mesmo período do ano passado e o número de mortos subiu ainda mais: 79% . Vinte e oito dessas mortes aconteceram há menos de um mês, na operação mais letal da história do Rio, na Favela do Jacarezinho.Uma das mortes incluída no estudo é a de Lorran, de 18 anos.