A tomada de medidas protecionistas pelos Estados Unidos para conter o avanço da China na Inteligência Artificial (IA) não tem produzido os resultados esperados. A China, apesar das restrições americanas, consegue desenvolver tecnologias inovadoras, como o aplicativo DeepSeek, demonstrando sua capacidade de superar obstáculos. Essa situação coloca em questão a eficácia da abordagem protecionista americana e o papel da competição em impulsionar a inovação.
O analista sênior de Internacional da CNN, Américo Martins, avalia que a estratégia protecionista adotada pelos Estados Unidos para manter sua supremacia tecnológica, especialmente no campo da Inteligência Artificial (IA), enfrenta desafios consideráveis. As medidas implementadas pelo governo americano para conter o avanço da China nesse setor, segundo o analista, não estão produzindo os resultados esperados.
Durante a presidência de Joe Biden, foram aprovadas normas que restringem a exportação de microchips avançados e semicondutores não apenas pelos EUA, mas também por outros países produtores, como Holanda e Japão. O objetivo era impedir que a China tivesse acesso a essas tecnologias consideradas cruciais para o desenvolvimento de IA. No entanto, contrariando as expectativas americanas, a China conseguiu desenvolver a DeepSeek, um aplicativo de IA aparentemente tão eficiente quanto seus concorrentes ocidentais, utilizando uma tecnologia que os EUA consideravam ultrapassada. Esse feito não apenas demonstra a capacidade de inovação chinesa, mas também expõe as limitações da abordagem protecionista americana.Para Américo, a situação atual serve como um alerta para as empresas americanas, que agora se veem pressionadas a responder a esse desafio tecnológico. O próprio presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu que a competição pode ser benéfica, admitindo que produtos mais baratos podem beneficiar a todos. Essa visão, no entanto, contrasta com as políticas protecionistas que ele e o governo anterior, de Joe Biden, têm defendido. Os Estados Unidos justificaram suas medidas restritivas alegando questões de segurança nacional. Contudo, do ponto de vista tecnológico e econômico, essas ações não apenas falharam em conter o progresso chinês, mas podem ter inadvertidamente estimulado o país asiático a buscar alternativas inovadoras. A China está demonstrando alta competitividade não apenas em IA, mas também em outros setores de tecnologia avançada, como carros elétricos e energia limpa. Esse cenário sugere que, apesar dos obstáculos criados por Washington, uma disputa acirrada entre chineses e americanos por tecnologias de ponta continuará a moldar o presente e o futuro global. Américo avalia que a falha da estratégia protecionista americana evidencia a necessidade de uma reavaliação das políticas de competição tecnológica. Os EUA agora enfrentam o desafio de encontrar novas abordagens para manter sua competitividade no cenário global de inovação, em um mundo onde as barreiras tradicionais estão se mostrando cada vez menos eficazes
IA China Estados Unidos Protecionismo Inovação Competição Tecnológica
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